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A Bunda

 Sampaio 0 x 1 Juventude - RS   Tem dias que nem reza braba adianta. O gol não sai e pronto. Lembro que uma vez, num jogo contra o Paysandu, vi a bola bater nas duas traves, nas costas do goleiro e não entrar. Incrédulo, me sentei, acabei minha cerveja e fui embora do estádio. Sabia que aquele gol não sairia. A mesma sensação veio no jogo contra o Juventude, aos 27 minutos do primeiro tempo. O Sampaio jogava melhor, chegava com mais brio à defesa do time do sul, levava mais perigo. Até que veio o lance fatídico, depois de um encontrão com o goleiro, a bola sobra pra Eloir dentro da área, o gol mais aberto que o mar vermelho para Moisés e então vem o chute profético. Paro um pouco. Um gol oficial possui duas traves verticais, com o tamanho de 2,44 metros de altura, separados por um poste, na horizontal, com 7,32 metros. São 17,86 m² para chutar uma bola cuja circunferência é de aproximadamente 70 cm. Qual a probabilidade de errar? No meio do caminho tinha uma bunda, tinha uma bu

O estóico torcedor boliviano

  Vitória 1 x 0 Sampaio                  Existe um certo tipo que habita a torcida do Sampaio que é o que mais me intriga, o estóico torcedor boliviano. Quando se trata de jogar a série B do campeonato brasileiro então, não há ser humano mais resignado quanto ao seu cruel destino imediato.              Retrocedo um pouco. Lembro que em 2014 levei um grande amigo para ver a estréia do Sampaio na série B contra o Paraná Clube, no Castelão. O time não jogava o campeonato desde o início dos anos 2000 e a torcida estava em estado de graça devido aos acessos consecutivos nos dois anos anteriores, da série D à B. Meu amigo, boliviano de ocasião, inclusive. Pois bem, bastou o jogo começar e o time levar um gol nos primeiros minutos para toda a euforia prévia virar um suco de frustração. Quando levou o segundo gol, meu amigo sentenciou taciturno, “esse ano a gente vai brigar pra não cair”. Nos dias seguintes, na padaria, no boteco, no churrasco, na festinha de criança só se falava a mesma coisa

Céu vermelho

Imperatriz 0 X 1 Sampaio Era no tempo da peste. Talvez assim os escritores do futuro se refiram ao período atual em que vivemos. Tempos bicudos, bicudíssimos, mas por ora tratemos apenas do futebol, mais precisamente do retorno dos jogos pelo país afora e, notadamente, do mais brioso dos torneios estaduais, isto é, o Campeonato Maranhense, que esse ano está na sua centésima edição. Parabéns, ora pois. Parênteses ligeiro, cabe destacar que há tempos abandonamos as fórmulas de disputa com lógica peculiar, em que haviam quadrangulares de hexagonais para definir as triangulares finais. Há de se reconhecer que o campeonato foi enxugado nos últimos anos, resumindo-se ora ao formato de grupos, seguido de mata-mata, ora aos pontos corridos, seguidos de mata-mata. Deixemos a falta de lógica aos cariocas e seu torneio em que o campeão de dois turnos pode não ganhar o campeonato. Voltando ao que interessa, Imperatriz e Sampaio se enfrentaram no sábado, 01 de agosto, no Frei Epifânio D´Abadia,